segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Quando o amor apodrece.

O amor é como uma fruta. Precisa ser semeado. Precisa de tempo, luz, alimento para nascer. Precisa ser regado, com champagne de preferência. Precisa de estímulo para se desenvolver. Precisa ser colhido por mãos que realmente o queiram. O amor precisa de leveza para ser tocado, de delicadeza para ser provado, de paciência para ser comido. Mas quem se lembra disso após a primeira dentada?

Vai com muita fome ao pote. Devora logo sua parte e vai embora. A outra metade fica ali, partida, descartada. E se nega a enxergar quando vence a validade. E continua provando e provando daquela fruta já fora de estação. O amor apodrece e não se percebe facilmente. Vira a maçã envenenada. Vira o fruto proibido.

A gente continua se alimentando dele. Quanto mais podre ele fica, mais se insiste em usar açúcar para disfarçar o gosto azedo, mais utilizamos caldas, por que temos medo. Medo de ficarmos sós. Medo de precisar vestir luvas de jardineiro e começar o plantio de novo. E por medo, nos acostumamos a sentir dores, de estômago, de cabeça, de alma.

Se seu o amor apodreceu, descarte-o, não insista, ele pode acabar te fazendo um mal danado, daqueles que não se resolvem com chá de erva cidreira. Deixe que as estações passem, deixe que o tempo leve. E nunca pense em se render. O novo outono virá e pode te supreender.


XOXO

Chuck B.


(Mr. Chuck custou, mas entendeu o mal que estava lhe fazendo.)

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